daquele que se apega facilmente.
O que será de mim quando ela se for?
Vou chorar por dias. Vou fazer drama até alguém perguntar o porquê dessa cara, e eu respondo
que não é nada, umas coisas aí. Assim vai, eu faço todo mundo perguntar e nunca digo o que é.
Aliás, isso é o que as mulheres fazem. E reclamam da quantidade de perguntas que você faz,
mas se você não perguntar, piora.
Eu lembro da primeira vez que a vi, uns dez minutos atrás, quando cheguei na estação e sentei
aqui. Ela mexeu no cabelo olhando no espelho e pegou um livro (que talvez seja Idade da Razão,
mas não tenho certeza, ela estava uns dois bancos pra lá).
E, depois de cruzar as pernas, balançou o pé, dum jeito que eu gosto. Nos cinco minutos
seguintes, só pensava em como falar com ela.
Agora o trem vem vindo, acho que não posso mais.
Ia ser bobo não falar aqui, mas falar depois de entrar no trem.
O que será de mim?
3 comentários:
Que giolhaço, hein.
Que drama, hein.
Não era pra ficar assim, torto.
Ficou porque eu escrevi no notepad e colei aqui.
O resto a preguiça de consertar fez sozinha.
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